por Luca Venturini e Caetano Penna

 

Quando foi a última vez em que você leu o post de um blog e teve a sensação de já ter visto algo parecido? Perdeu a conta, né?

Isso acontece porque o universo dos blogs está recheado de clichês – aquelas fórmulas repetidas tantas vezes que nós as vemos chegando a quilômetros de distância.

Vamos conferir três dos principais clichês que já estamos cansados de ver na blogosfera:

 

1. Listas

Listas funcionam. Por isso elas são tão comuns.

Com certeza você já se pegou entrando em muitos posts ao estilo “Os 10 segredos mais bem guardados sobre…” ou “7 fatos sobre…”.

O assunto nem sempre é do nosso interesse, mas a tentação de ler os itens da lista é tão grande, que parece que nosso cérebro nos obriga a entrar no post. Muitas vezes nós nem nos damos ao trabalho de ler o texto todo, e apenas batemos o olho nos tópicos.

O Buzz Feed é um site que se aproveita muito disso, tanto que a proliferação de listas pode ser considerada uma buzzfeedzação da internet.

 

2. Prometer muito, entregar pouco (conteúdo superficial)

O mercado editorial é repleto de publicações que entregam menos do que prometem nas manchetes.

O problema é que nos blogs essa característica se amplifica.

Chega a ser irritante entrar em um post, por exemplo, com o título ”5 maneiras de render melhor na escola” e se deparar com a dica “foque nas disciplinas nas quais você tem mais dificuldade”. Jura?

É aquele conselho óbvio que só está lá para preencher espaço e não deixar o texto curto.

O problema é que aos poucos os leitores param de retornar ao blog, irritados com a propaganda enganosa dos títulos.

 

3. Textos mal escritos

Textos mal articulados não são exclusividade de blogueiros, e sim uma epidemia em um país onde as pessoas leem poucos livros.

Só que essa inabilidade generalizada em escrever se manifesta de forma bem visível em blogs, pois eles se baseiam justamente em… texto.

Falta de conexão entre os parágrafos.

Repetição de palavras por não conhecer sinônimos.

Erro crônico na hora de usar a proposição “que” (esse é o maior ponto cego da Língua Portuguesa, e quase TODO mundo erra. Entenda melhor aqui).

Enfim, são vários os equívocos cometidos.

Mas será que este post que você está lendo agora não é um gigantesco clichê?