Luca Venturini
Uma avalanche de aplicativos e iniciativas colaborativas está trespassando o mercado: Uber, Airbnb, Tradaq, espaços de coworking, sites de crowdfunding, dentre outros.
E a tendência é que surjam ainda mais.
Muitos têm se referido a esse novo cenário, no qual a troca e o compartilhamento de trabalho tomam proporções decisivas no corte de custos tanto de pessoas como de empresas, como Economia Colaborativa (também chamada de sharing economy ou collaborative economy).
O que nem todos têm em mente é que esse movimento é tão relevante que pode significar o início de um novo paradigma: de acordo com o economista alemão Jeremy Rafkin, a economia colaborativa deve ser o fim do capitalismo como o conhecemos hoje.
Capitalismo em transformação
Não que o capitalismo esteja com os dias contados. Ele só irá se transformar.
Para Rifkin, estamos vivendo uma Terceira Revolução Industrial, impulsionada principalmente pelo fenômeno da Internet das Coisas. Na Primeira e na Segunda Guerras Mundias os grandes protagonistas foram, respectivamente, Inglaterra e Estados Unidos. Agora, as potências da sharing economy serão China e Alemanha.
No mundo dos negócios, uma das mudanças mais sensíveis é a redução/eliminação dos intermediários em processos de compra e venda.
Os jovens de hoje, além de produzir e divulgar o seu próprio conteúdo, compartilham o conteúdo e os produtos das outras empresas – produtos estes que podem ser roupas, acessórios, carros, e uma miríade de outras coisas.
A maior preocupação agora não é possuir, mas acessar os bens e serviços. Estamos falando de uma mentalidade diferente daquela que um jovem típico do século XX tinha.
Nesse cenário surgem muitas oportunidades para empreendedores e empresas desenvolverem novos negócios.
E as que não se adaptarem ao novo comportamento do consumidor devem penar.