A presença digital é um dos principais indicadores de sucesso para qualquer marca nos dias atuais. O maior desafio é compreender no que consiste a melhor estratégia de conteúdo, segundo as características e objetivos da marca. O caminho natural é desenvolver um site consistente e, a partir daí, utilizar uma rede social (ou várias) para potencializá-lo. Um erro comum é achar que o mais correto é criar perfis em todas as redes possíveis, pois isso dá a falsa impressão de que se está atingindo um número maior de pessoas.
De fato é natural impactar mais pessoas com uma presença em mais canais, mas direcionar os esforços de forma eficiente é o grande desafio. Para isso, é fundamental compreender as características das diferentes redes sociais e de que forma cada uma delas pode contribuir para o seu negócio.
Facebook: estou, logo existo
A rede social de Mark Zuckerberg se estabeleceu como grande referência no segmento, o lugar onde quase todas as pessoas estão presentes e, consequentemente, mais marcas disputam espaço. Ser visto no Facebook exige mais do que investimento, é preciso esbanjar criatividade para se destacar em uma timeline cada vez mais concorrida.
É possível dizer que o Facebook cabe na estratégia de qualquer marca que busca envolvimento com seu público-alvo. Mas há que se ter em mente que formar uma base sólida de fãs depende de muito trabalho (e dinheiro).
Caso sua estratégia de conteúdo tenha uma verba muito restrita ou seu objetivo seja mais voltado para o B2B (Business to Business), o Facebook pode não ser o melhor caminho.
Twitter: onde a conversa nunca para
O Twitter é uma rede social muito peculiar. O tradicional limite de 140 caracteres – flexibilizado recentemente – estabelece outro tipo de comunicação com as pessoas e faz com que os diálogos se multipliquem. Por conta disso, o Twitter exige uma frequência maior de postagens, atenção constante, e respostas personalizadas de acordo com a interação de cada seguidor (claro que no Facebook também é preciso atender os fãs, mas a intensidade tende a ser menor). O grande trunfo do Twitter é que o trabalho bem feito tem boas chances de ser recompensado, ou seja, dar atenção especial a cada um dos fãs ajuda a torná-los “advogados” da sua marca, o que tem um valor único em mercados tão competitivos.
YouTube: vídeo não sai de moda
Você já deve ter ouvido que o vídeo é a mídia que mais cresce nos últimos anos. A ascensão de aplicativos de vídeos rápidos como Periscope e Snapchat é um ótimo indicativo, bem como a audiência estratosférica do Netflix em todo mundo. Neste cenário, é natural que o YouTube seja visto como um canal importante para as marcas.
O crescimento do vídeo como mídia tem um efeito a ser considerado: o aumento da exigência das pessoas por qualidade de conteúdo. Não adianta criar um canal no YouTube e postar vídeos pouco interessantes ou mal produzidos. É preciso se planejar bem para entender que tipo de conteúdo em vídeo sua marca pretende oferecer e como o seu target se relacionará com ele.
Uma boa estratégia de vídeo pode render frutos também no Facebook, pois a rede social de Mark Zuckerberg tem dado uma atenção crescente para esta mídia, inclusive com o objetivo de competir com o próprio YouTube. Em linhas gerais, um vídeo de qualidade pode ser postado diretamente no Facebook e no YouTube, e render uma audiência qualificada em ambos.
Instagram: loja-conceito
Se cada perfil da sua marca em redes sociais fosse uma loja, o Instagram seria a loja-conceito. Esta rede social é conhecida pela acuidade visual das publicações, sejam elas de pessoas ou de marcas. Para ser bem-sucedido no Instagram, é preciso ter imagens que deem algum significado para as pessoas, o que passa por uma reflexão da própria marca sobre si mesma e suas maiores virtudes.
A exemplo do que se vê em outras redes, o vídeo tem conquistado um espaço maior no Instagram, mas existe uma limitação de tempo para as postagens.
Snapchat: o fenômeno
O Snapchat pode ser considerado o Neymar das redes sociais. Estrela precoce em um meio tão concorrido, a rede social de mensagens, fotos e vídeos temporários fez sucesso muito rápido e, ao que parece, o céu é o limite para ela. O Snapchat vem conquistando adeptos com uma velocidade impressionante, sobretudo entre os mais jovens. As marcas ainda buscam a melhor maneira de conversar com um público que dedica em média 30 minutos por dia à rede social.
Criar um perfil específico para o Snapchat depende de dois fatores: a aderência ao público prioritariamente jovem do aplicativo e a disponibilidade para a criação de conteúdo específico para esta rede.
Google+: para cumprir tabela
A rede social do Google definitivamente não emplacou. Bater de frente com o Facebook era uma meta ambiciosa e a gigante de buscas não teve êxito.
“Se ninguém entra no Google+, minha marca não precisa estar lá, certo?”
Errado!
A razão para estar presente nesta rede social é exatamente o nome Google. Uma estratégia da empresa para ampliar a audiência de sua rede social é melhorar os algoritmos dos sites de marcas que fazem parte do Google+, ou seja, seu site será melhor ranqueado nos mecanismos de busca do Google simplesmente porque você tem um perfil vinculado a ele no Google+.
Por conta disso, vale a pena ter uma conta, mesmo que seja para replicar o conteúdo pensado originalmente para o Facebook.
LinkedIn: a rede social profissional
O LinkedIn pode ser considerada a grande rede social B2B. Estar presente no LinkedIn ajuda sua empresa a prospectar novos negócios, ampliar a rede de contatos profissionais, e encontrar talentos que possam se tornar colaboradores.
Naturalmente, o conteúdo publicado nesta rede é diferente daquele pensado para as demais páginas, com um foco maior no negócio e menos dedicação à construção da marca. Caso sua empresa não tenha um perfil B2B, o LinkedIn certamente não é o melhor caminho, pois além de não atingir o consumidor final, seus anúncios são relativamente caros.
Dúvidas? Que bom!
Conhecer as características fundamentais de cada rede social não basta para definir uma estratégia de conteúdo e presença digital. É natural que as dúvidas apareçam e não fique claro se a sua empresa combina com a rede social X ou Y. O objetivo deste artigo é estimular a reflexão e fazer com que você pense sobre a sua marca, e como ela se relaciona com cada uma das redes.
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