Luca Venturini

 

A popularização da internet está estreitamente ligada ao advento dos mecanismos de busca, afinal de que adiantaria existir uma massa colossal de informação disponível na rede se não conseguíssemos acessá-la ou encontrá-la? É quase inviável pensar na web sem considerar a hipótese de pesquisar em algum lugar onde está tudo o que queremos encontrar nela.

O primeiro grande motor de busca do mundo surgiu na faculdade americana de Stanford, fundado em 1995 pelos estudantes de engenharia elétrica Jerry Young e David Filo. Estamos falando do Yahoo. O embrião da ideia foi o “Jerry’s and David guide to the World Wide Web”.

Inicialmente, o próprio Jerry Young indexava manualmente os sites na então página do Yahoo, de modo que este se constituía muito mais como um diretório de páginas cheio de categorias diferentes do que como um buscador de fato. Algum tempo depois, a empresa mudou o processo de cadastramento: os próprios donos de sites deveriam entrar no Yahoo e enviar o link de sua página junto a uma descrição, que seria verificada e, caso passasse no crivo, era catalogada.

À época, os principais buscadores da internet, junto com o Yahoo, eram o Excite, o AltaVista e o Lycos.

Até que em 1998 surge a empresa que se tornaria o grande às dos motores de busca, bem como uma das companhias mais inovadoras e valiosas do mundo atualmente, o Google. O grande pulo do gato da empresa criada por Larry Page e Sergey Brin foi basear o seu algoritmo, isto é, os códigos que se valem de critérios específicos para realizar a busca, em um conceito chamado de page rank.

De maneira bem simplificada, o Google estabeleceu que os primeiros sites que apareceriam na busca seriam os mais relevantes em relação às palavras-chave buscadas – algo bem óbvio e que já era praticado pelos concorrentes. A diferença é o critério que o Google usou para definir quais os sites mais relevantes em uma busca: a quantidade de links direcionados a um site em outros sites. Logo, quanto mais sites fazem referência à sua página, mais relevante ela deve ser, portanto mais bem colocado ele deve ficar nas buscas no Google. E quanto mais sites relevantes linkarem a sua página, melhor ainda.

Hoje em dia, após anos de experiência, o Google já estipulou outros critérios para determinar a relevância de um website, o que não desprestigia o seu pioneirismo. A empresa foi, aliás, responsável pelo nascimento de uma nova e requisitada profissão conhecida como Search Engine Optimization (SEO). O profissional dessa área realiza uma série de melhorias em sites para que eles apareçam nas melhores posições possíveis nos mecanismos de busca da web.

Em 2009, a Microsoft, em uma tentativa de abocanhar uma fatia do universo dos search engines, lançou o Bing, hoje detentor de mais de 10% de participação de mercado. Todavia, é praticamente impossível qualquer empresa desbancar a soberania do Google. Afinal, ele já está posicionado na mente das pessoas como “o maior motor de busca da internet”.

 

Referências:

www.jovemnerd.com.br/nerdcast/nerdcast-195-quem-fez-a-internet/